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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mulheres, Comida & Deus



Roth, Geneen. Mulheres, Comida & Deus; tradução Elvira Serapicos. São Paulo: Lua de Papel, 2010.

Este foi o último livro que passou pelas minhas mãos e pela minha boca! Muito, muito sensacional. Depois de 32 anos descobri o quanto o controle mental e físico é mais importante para uma dieta do que, simplesmente, seguir as regras. Não estou dizendo que seja fácil – aliás, não é nenhum pouco fácil a metodologia que a Geneen ensina no livro – mas é compreensível em primeiro lugar. Conseguimos compreender que não precisamos comer tudo o tempo todo e o porquê fazemos isso, mas precisamos ter autocontrole e muita força de vontade para executar a metodologia dela.
Confesso que enquanto estava lendo o livro eu consegui executá-la de melhor forma, mas agora que me fugiram meus “auxiliares” mentais, minha espiritualidade foi por água baixo e a compulsão tomou conta do corpinho novamente, mas nem por isso vou deixar de continuar tentando.
Segue trechos do livro que destaquei.

Digo que comer por questões emocionais é uma maneira de sair de nós mesmas quando as coisas ficam difíceis, quando não queremos perceber o que está acontecendo. Comer por questões emocionais é uma maneira de nos distanciarmos das coisas da forma como estão quando não estão da maneira que queremos que estejam. Digo-lhes que acabar com a obsessão com comida tem a ver com a capacidade de viver o presente, de não nos afastarmos. Digo-lhes que não precisam escolher entre perder peso e fazer isso. Perder peso é a parte fácil; todas as vezes que você presta atenção à sua fome e percebe quando está satisfeita, você perde peso. Também digo a elas, porem, que comer por questões emocionais é basicamente uma recusa a estar completamente viva. Não importa qual seja o nosso peso, aquelas que comem por questões emocionais são anoréxicas na alma. Nós nos recusamos a ingerir o que nos sustenta e vivemos uma vida de privações. E quando não conseguimos aguentar mais, nós nos descontrolamos. (pg. 43)
Mesmo quando você se torna Alguma Coisa porque esses momentos estavam certos, você estava indo a Algum Lugar, mesmo quando você chega a ser Alguém porque você está no lugar a onde estava indo, sua vida pode não melhorar se você não aprender a ficar desperta e viva agora, para aproveitar esse momento pelo que é. É tão fácil ser infeliz quando você é Alguém Especial quanto quando você não é Ninguém especial. Porque mesmo Alguém Especial ainda tem de viver em sua própria pele e lidar com o tédio, a rejeição, a solidão, a decepção. Até mesmo Alguém Especial vai para casa à noite e faz o que os Ninguéns fazem: dormem sozinhos. Você também pode aprender a prestar atenção ao agora. Aprender como habitar a vida que você escolheu, como ocupar cada centímetro da sua pele. Ocupar o espaço desse corpo que lhe foi dado. É seu lugar, só seu.
A escritora Annie Dillard diz: “A maneira como você passa seus dias é a maneira como você passa sua vida.”. (pg. 65)
Acorde para a vida que está ao seu redor a cada segundo. A cantora Pearl Bailey disse: “As pessoas veem Deus todos os dias; elas só não O reconhecem.”. E se todos os dias fossem uma chance de ver uma nova face de Deus? E se o que você precisasse estivesse bem à frente e você não estivesse reconhecendo?
Você já tem tudo do que precisa para estar satisfeita. Sua missão, apesar da escada corporativa que você está subindo, é fazer o que for preciso para perceber isso. E então não terá qualquer importância se você é Alguém Especial ou Ninguém Especial porque você estará viva em todos os momentos – o que é, imagino, tudo o que você queira desde Chegar a Algum Lugar até ser Alguém. (pg. 66)
“O blá-blá-blá espiritual é isso”, pensei. Essa presença inquebrantável, essa integridade sem provas. É isso o que deve ficar depois que tudo o que pode morrer se vai e tudo o que pode ser perdido desaparece. (pg. 72)
Quando a forma do seu corpo não for mais compatível com a forma das suas crenças, o peso desaparece. Sim, é simples assim.
Você vai parar de voltar-se para a comida quando começar a entender em seu corpo, não apenas com a cabeça, que há algo melhor do que a comida. E dessa vez, quando você perder peso, conseguirá manter a nova forma.
A verdade – e não a força – realiza o trabalho de acabar com a alimentação emocional.
A consciência – e não a privação – informa o que você come.
A presença – e não a vergonha – muda como você se vê e no que você confia. (pg. 84)
Não importa quanto você tenha se desenvolvido em qualquer outra área da sua vida, não importa no que diz acreditar, não importa quão sofisticada ou esclarecida pense que é: a maneira como você come diz tudo.
Triste, mas pense desta maneira: o desejo de comer quando você não está com fome revela aquilo em que você realmente acredita no que diz respeito à vida aqui na Terra – sua armadura de crenças em relação aos sentimentos, sofrimentos, recebimentos, cuidados, à abundancia, ao descanso a ter o bastante. E, ao saber em que acredita, pode começar a questionar se é verdade. (pg. 91)
Digo as minhas alunas nos retiros que elas precisam lembrar basicamente de duas coisas: comer o que querem quando estão com fome e sentir o que sentem quando não estão com fome. (pg. 102)
E acima de tudo, lembre-se de que não se trata de descobrir respostas para problemas intrigantes, mas que é um processo de revelação direta e experiencial. Movido pelo amor. É querer saber quem você é quando não está sendo controlada por seu passado. É como dar um mergulho no segredo do ser; está cheio de surpresas, reviravoltas, viagens paralelas. Você se envolve porque quer penetrar o desconhecido, compreender o incompreensível. Porque quando você evoca a curiosidade e a abertura sem julgar, você se alinha coma beleza e a alegria e o amor.
Você se torna a benevolência de Deus em ação. (pg. 107)
As mentes são úteis quando precisamos conceituar, planejar, teorizar, lembrar-nos de quem somos, mas quando dependemos delas para nos guiar, afundamos. Estamos perdidos. Porque são loucas. As mentes são excelentes para apresentar mil variações diferentes do passado e conjurá-las no futuro. E depois assustar você com a maioria delas. (pg. 112)
Você sente a presença física da sua força de vida (sentindo sua barriga).
Quando ignora sua barriga, você fica sem abrigo. Passa a vida tentando apagar sua própria existência. Desculpando-se por si mesma. Sentindo-se um fantasma. Comendo para ocupar o espaço, comendo para dar-se a sensação de que tem peso aqui, de que este é seu lugar, de que tem permissão para ser você mesma – mas nunca acreditando porque não se sente diretamente. (pg. 115)
Ter a posse da sua própria presença – a experiência imediata, sensata, direta de estar em seu corpo –, firmando-se em sua barriga, tem tudo a ver com comer compulsivamente. Por definição, comer compulsivamente é comer sem levar em conta os sinais do corpo; por isso, quando você desenvolve a capacidade de desviar sua atenção de volta para seu corpo, tem consciência do que ele diz e está disposta a ouvir, a compulsão desaparece. (pg. 117)
Nossas mentes são como políticos: inventam coisas e deturpam a verdade. Nossas mentes são mestras na arte de culpar, mas nossos corpos não mentem. E é por isso, é claro, que tantos de nós aprendemos a fechá-lo ao primeiro sinal de problema. (pg. 122)
Quando você está arrasada pela dor e sua resposta é comer pizza, você breca sua capacidade de enfrentar a dor, assim como sua confiança de que ela não a destruirá. Se você não deixar que comece um sentimento, você também não permite que ele acabe. (...) Quando você começa a comer sem antes tomar consciência de que seu corpo está ou não com fome, o único sinal que você receberá para repousar o garfo é o desconforto nauseante. (pg. 123)
A Voz controla impulsos, faz a mediação entre o que é adequado e o que é impróprio; uma de suas funções básicas é suprimir o comportamento que poderia levar à prisão. (pg. 127)
A voz instalada em sua psique – essa voz ainda precisaria ser desafiada. Porque até mesmo os pais mais atentos veem seus filhos através de lentes que deformam. Eles passam sua própria definição de sucesso e de espiritualidade, amor e criatividade, o que inevitavelmente está fora de sincronia com as necessidades únicas de seu filho. (pg. 132)
As decisões induzidas pela Voz – aquelas tomadas por causa da vergonha e da força, sentimento de culpa ou privação – não são confiáveis. Não duram porque se baseiam no medo das consequências em vez de no desejo de verdade.
Em vez disso, pergunte a você mesma o que você ama. Sem medo das consequências, sem força ou vergonha ou culpa. O que a motiva a ser gentil, a cuidar do seu corpo, do seu espírito, dos outros na Terra? Confie no desejo, confie no amor que pode ser traduzido em ação sem a ameaça de punição. Confie que você não irá destruir o que mais importa. Dê muito a você mesma. (pg. 138)
Restritivos e permissivos são subtipos de comedores compulsivos e emocionais. A compulsão é uma maneira de nos protegermos da sensação que acreditamos ser impossível sentir, que estamos convencidos de que é intolerável. É uma compulsão porque nos vemos obrigados a praticá-la. Porque no momento em que a estamos realizando, acreditamos que não temos chance. Enquanto as crianças não tem muita escolha em relação ao ambiente em que nasceram e sobre suas opções quando as pessoas que cuidam delas agem de maneira grosseira e abusiva, os adultos tem uma infinidade de opções.(pg. 148)
Cada uma tem seu equivalente não-alimenticio, sua dimensão “espiritual” não aparente. Você pode comer escondido, por exemplo, esconder o que come da família e dos amigos, mas também pode esconder seus verdadeiros sentimentos. Pode mentir para as pessoas em relação ao que acredita, ao que deseja, ao que precisa. E você pode examinar sua vida olhando para a maneira como vive ou como come. São caminhos para o que está subjacente e além da comida: para aquilo em que você nunca sentiu fome, nunca foi compulsiva, nunca ganhou ou perdeu um quilo. (pg. 159)
A obsessão terá fim quando você preferir descobrir sua verdadeira natureza a ser leal à sua mãe ou pai. A obsessão terá fim quando você se preocupar consigo mesma o bastante para acabar com o estrago que a comida está fazendo. Quando você se amar o bastante para parar de se machucar. Quem não quer cuidar daqueles que ama?
Se prestar atenção a quando sente fome, ao que seu corpo deseja, ao que está comendo, quando comeu o suficiente, você acabará com a obsessão porque a obsessão e a consciência não podem coexistir. Quando prestar atenção a si mesma, perceberá a diferença entre estar cansada e estar com fome. Entre estar satisfeita e estar cheia. Entre querer gritar e querer comer.
Quanto mais você prestar atenção, mais irá se apaixonar por aquilo que não é obsessão: por aquilo que está brilhando através de você. A força de vida que anima seu corpo.a comida se torna uma forma de sustentar esse brilho, e qualquer maneira de comer que a deixa deprimida ou sem espaço ou cheia demais perderá o interesse. Quando isso acontecer, você perceberá lentamente que está sendo habitada pelo que é Deus e não gostaria de que fosse de outra maneira. (pg. 185)

Um comentário:

Nosso Cantinho de Jake Crochê! disse...

Muito legal amiga!!!
Adorei e fiquei louca para ler este livro,deve ser muito bom!