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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Confie em mim

Olá! Bom dia! Aliás ótimo dia!
Aqui as coisas voltaram (enfim) ao normal. Ontem a tardinha saímos para uma caminhada e a cidade já estava mais vazia, os funks e marchinhas de carnaval já haviam sossegado e o comércio já dava impressão de querer voltar ao normal.
Eu nunca fui fã de carnaval, e acho que com a idade a coisa só piorou. Mas de certa forma eu aproveitei o meu muito este ano. Uma das coisas que fiz de super interessante foi colocar minha leitura em dia.



Novela de ficção?! Drama policial?! Muito envolvente e surpreendente. Adorei esse livro. Havia começado a lê-lo algum tempo atrás, entre leituras que eu estava fazendo e não estava gostando (é quando menos espero estou lendo uns cinco livros ao mesmo tempo), mas aí tinha parado e retomei neste carnaval. Minha quarta-feira de cinzas rendeu o final dele.
Para deixar um gostinho para os amantes de leitura, como eu, marquei algumas orelhas nas páginas deste “romance de passa tempo”, e agora vou procurar os parágrafos que achei bem legais e de proveito para a vida inteira.

Então parou um segundo diante de sua própria casa, olhou para ela e se perguntou por que as casas pareciam tão frágeis quanto as pessoas que ele atendia. Tanto para a esquerda como para a direita, a rua estava cheia delas, praticamente idênticas, povoadas por casais que haviam migrado sabe-se lá de onde, olhando para aquela estrutura à sua frente e pensando: “É aqui que vamos viver nossa vida, criar nossos filhos, proteger nossos sonhos. Bem aqui. Nesta bolha de sabão.” (Pg. 31)

Tudo era tão frágil, esse era o problema. Nenhuma novidade, claro, mas de modo geral o que fazemos é bloquear a verdade: nos recusamos a admitir que nossas vidas podem ser destruídas tão facilmente, de outro modo, entraríamos em parafuso. Todas aquelas pessoas que vivem com medo e precisam de remédios... Elas são assim porque têm consciência das coisas, da linha tênue que nos separa do desastre. Não é que não aceitem a verdade: simplesmente não conseguem bloqueá-la. (Pg. 114)

Na universidade, Nash havia lido sobre o Estado Natural de John Locke: a ideia de que o melhor governo é o não-governo, pois, resumindo, o não-governo é o que há de mais parecido com o estado natural, com o plano original de Deus. Mas nesse estado não passamos de animais. Besteira pensar que sejamos algo mais do que isso. Quanta estupidez achar que o homem seja mais que um animal, que o amor e a amizade sejam outra coisa senão as divagações de uma mente um pouquinho mais sofisticada, uma mente que consegue enxergar a futilidade da condição humana e que, por causa disso, precisa inventar meios para se consolar, para esquecer essa futilidade ainda que momentaneamente. (Pg. 176)

Sacrificamos nossa felicidade na remota esperança de que a geração seguinte seja mais feliz. Mas que garantia a vida nos dá? Que garantia temos de que, à custa da nossa própria felicidade, nossos filhos serão mais realizados? Nenhuma. Com Spencer, por exemplo, não tinha sido assim. (Pg. 256)

Afinal, depois de tantos acontecimentos, o que Tia havia aprendido como mãe? Fazemos nosso melhor, só isso. Agimos com as melhores intenções. Deixamos que nossos filhos saibam que os amamos mais que tudo na vida. Mas, graças ao acaso, não podemos fazer muito mais que isso. Não podemos controlar a vida. Mike tinha um amigo, um antigo astro do basquete, que tinha o hábito de citar ditados do iídiche. Seu favorito era: “O homem planeja, Deus ri.” Tia jamais havia compreendido totalmente o significado disso. Achava que era um pretexto para que não déssemos o nosso melhor, já que Deus cuidaria de nos frustrar de qualquer forma. Mas não. Tratava-se sobretudo de uma máxima para ilustrar o fato de que, a despeito dos nossos esforços, o controle é sempre uma ilusão. (Pg. 309)

Tia ficou ali, esperando que algo lhe ocorresse. As crianças não fazem o que os pais mandam: repetem o que os vêem fazendo. Nesse caso, de quem era a culpa? Tia não sabia dizer. (Pg. 313)

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei! "O homem planeja, Deus ri." É bem assim! Vale nosso planejamento, nosso esforço, porém, não temos o controle de tudo. Deus articula o que é melhor no melhor tempo.
Cristiane Franco