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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Eu... tentando ser “Contadora”

Há algum tempo, eu e o Anderson estávamos olhando o Multishow, aí estavam apresentando o show da Maria Gadú. Muito bom!
Na época, lembro que um ou dois dias depois eu falei com minha “amigairmã” Cris (mais uma vez, obrigada pelo o que fizeste na quarta, me emprestando teus olhos: não tem preço!) e disse que eu havia escutado uma música sensacional e que eu estava apaixonada pela música:

Passou...
Daí de natal meu mano mais velho me presenteou com o DVD da Gadú e coincidentemente o que já tinha visto e me apaixonado, e principalmente me apaixonado pela música do Leandro Léo.

Agora que a poeira baixou aqui em casa, eu pude sentar e pesquisar e me apaixonei cada vez mais! Vamos ver o que sai...


Ouvi, ainda quando criança, pelas sábias palavras do meu pai, que havia um pássaro... Que não era “passarinho”, pois como seria diminuto se era tão cruel?!
E havia um pássaro muito ardiloso, ou argiloso, belo arquiteto e me apontou no alto de uma árvore seca, majestosa residência de vista para o Norte, onde o vento não é tão malvado e sopra de leve em brisa e o sol toca quando necessário e a chuva passa: “Lá mora o João”.
E o casal é João e Maria, ambos de Barro. Cor da terra, corpo delgado, garganta esbranquiçada e cauda avermelhada. Trabalhadores. Companheiros. Penas leves, vôo alto, canto suave e sedutor. Gente de família!
Mas o que meu pai outro dia me contou, lá no sítio onde morávamos. Todos: nós e o João. Foi que a casa de barro do tal pássaro tinha dois cômodos.
“Como pode?”, pensei, afinal de contas, há engenheiro pássaro? Esse bichinho é bonitinho e muito esperto. Faz “quarto e sala”, o banheiro é na rua, a cozinha é vasta no cardápio.
Mas de repente, o bicho ficou cruel. Nem bonito nem esperto. Ciumento e egoísta. Possessivo! Quase nem mais era bicho, quase era homem.
João de Barro se casa e acha que é pra sempre. Se acaba o amor não importa! Uma vez desposada a Maria deve ser pra sempre dele. Não sendo assim o passarinho que nada tem de “inho” prende Maria em sua casa de barro e a deixa a mínguas. Esquece!
É fiel. Sim! O João é dedicado apenas a uma Maria. Dela cuida, para sempre! Dos filhos cuida. Alguns onze ovos por ano que chocam e revivem toda a história de amor, ou terror.
Nem Shakespeare ilustrou uma maldade tão grande. Em seu “Romeu e Julieta”, um morre de amor pelo outro.
Sabe-se lá se Maria, agora, já experiente, não desvie seu bico de casa. Não alinhe seu canto a outro. Sabe-se lá Maria não ame mais, só cante...
Será meu pai? Será? Quem sabe o João que te contou a história, quis, de verdade, na verdade, justificar seu mau feito, a sua Maria, colocando o pobre coitado do João de Barro como culpado, da culpa do homem.
Quem sabe ainda meu pai, o tal João que te contou a história queria mesmo era ser livre a voar, para não ter mais que olhar sua casa de barro em que deixou sua Maria, pra sempre, justificando assim suas imperfeições ser humano.
Mas que seria bom... guardar o amor pra sempre, pra gente. E quando abrimos a porta lá estar nosso João ou Maria a espera, sempre a olhar só pra um, sempre a cantar só pra um.

-x-x-x-x-x-
Fontes:
www.saudeanimal.com.br
www.letrasterra.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Bha! Ou seria Bhóoooo!!!!
Seria a "Maria-de-Barro" a Amélia das aves? kkkk
Pê!
Adorei teu texto, sabe, até escrevi um ontem, vou te mandar por e-mail, tô com vergonha mas vou enfrentar! kkk
Ah, e para de me agradecer, fiz o que tenho certeza que tb faria por mim!
Beijão!
Cristiane Franco